terça-feira, 23 de março de 2010
Quem tem medo de Pedro Passos Coelho?
Artigo de opinião por Luisa Castel-Branco
As eleições para o próximo presidente do PSD transcendem o partido porque conjugam as esperanças mesmo de muitos que nunca foram simpatizantes do partido. Portugal vive uma crise sem precedentes e necessita desesperadamente não de um salvador mas sim de alguém com ética e honestidade, com sentido de responsabilidade e uma visão de futuro.
Aliás, foi assim que o Sócrates ganhou as eleições. Uma boa parte dos portugueses acreditaram nele e na mudança prometida. Infelizmente, fomos enganados.
Eu acredito em Pedro Passos Coelho. Não porque sou amiga dele há mais de 25 anos. Não confundo amizade com o futuro dos meus filhos e da minha neta, do meu país. Apoio-o porque ao longo destes anos todos o vi manter-se fiel aos seus princípios. Aguentar as críticas que lhe eram feitas sem resvalar para as lutas baixas.
No último pseudocongresso, feito unicamente para dar espaço aos recém-chegados candidatos, o meu amigo Pedro fez uma afirmação que interessou a muita gente deixar passar despercebida.
Quando terminou os seus mandatos como deputado e vice-presidente da bancada do PSD, Passos Coelho rejeitou a reforma dourada a que tinha direito por considerar indigna face aos outros portugueses, embora até os deputados do PCP a recebam. Fê-lo porque não precisava do dinheiro? Não, bem pelo contrário! Tinha filhas a sustentar e tirou o curso de economia sempre a trabalhar.
Em vésperas de eleições, Ferreira Leite, responsável juntamente com toda a sua Direcção pela falta total de oposição ao PS (não nos tomem por estúpidos, temos boa memória: Paulo Rangel e Aguiar Branco também lá estavam) afirmou há dias numa entrevista: “esperar que o próximo líder do PSD ganhasse não pela aparência física mas pelas ideias”.
Palavras para quê? É isto o PSD de hoje. É isto que temos de mudar a bem de todos.
in Destak
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário