Número de militantes com direito de voto: 562
Número de militantes que efectivamente votaram: 360
Pedro Passos Coelho: 219
Paulo Rangel: 134
Aguiar Branco: 5
Castanheira Barros: 0
Brancos: 2
sábado, 27 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
Mais um exclusivo de Francisco Moita Flores
Talvez por não viver tão internamente, e por isso tão intensamente, a campanha do PSD à liderança, ao contrário da voz corrente, sempre tive a impressão de que conforme os dias passavam estava a acontecer um desvio do psicodrama. Se numa fase inicial a ideia que dominava era a de que, nem que Jesus voltasse outra vez à Terra, as hostes mais fermentadas e anquilosadas, diria mesmo esclerosadas, do PSD clamavam por um candidato contra Pedro Passos Coelho. Qualquer um! Viesse de onde viesse, de vagas de fundos ou de vagas de superfície, era preciso impedir uma aragem fresca, uma brisa que fosse, que perturbasse o sono rancoroso das lapas laranjas mais cheias de musgo.
À falta de melhor, movidos pela impaciência, inventou-se Paulo Rangel. E o pobre do rapaz que já tinha jurado mil meses que jamais sairia de eurodeputado, que jamais seria candidato, ou até, numa expressão engraçada ‘candidato a candidato’, de repente, era o principal candidato!
Confesso que me surpreendeu. Aguiar Branco estava a emergir, a revelar-se um líder de bancada de grande tacto, assertivo, com uma postura que não resvalava para a gritaria, nem para o insulto, nem para a picardia, a ser o rosto humano da actual direcção do Partido. Percebe-se que é um homem bem formado, tranquilo, que retira prazer do serviço público.
Se os velhos caudilhos queriam uma renovação na continuidade, Passos Coelho teria sofrido muito mais para se colocar no lugar onde agora se encontra, claramente distanciado dos restantes concorrentes. Aguiar Branco tem essa virtude. Sabe estabelecer pontes, compromissos, é confiável.
Só mais tarde soube que a velha nobreza não estava disponível para estabelecer qualquer ponte ou possibilidade de mudança com o ar fresco que sopra do lado de Passos Coelho e que entregaram a Rangel o punhal de Brutus, apunhalando o pai pelas costas, sem misericórdia, impiedosamente. É dos mais momentos mais tenebrosos da vida pública, embora pudica pois não se fala disto sem sentir desconforto, do PSD. E Rangel, a ressuscitada ‘picareta falante’, contradisse tudo, desdisse tudo, prestou-se a este acto de pobreza indigente.
Não duvidei que Aguiar Branco iria ser candidato. Que aguentaria todas as pressões. Que recusaria todas as convergências. Em primeiro lugar porque não o vejo a candidatar-se contra Passos Coelho para ser o bonifrate das lapas laranjas, tão agarradas ao poder, que lhes cresce musgo nas costas. Em segundo lugar, porque a sua candidatura seria o rosto da lisura, da honradez contra a carnificina que Rangel representava. Mais uma vez. Como há seis meses atrás.
E fez uma campanha igual a si próprio. Respeitando os adversários, limpa, encaixando todos os golpes baixos que o atingiam. Curiosamente, todos vindos dos seus potenciais apoiantes. Também não me espantou a cortesia de Passos Coelho. É, no meu ponto de vista, excessivamente cortês para quem o tem tratado tão mal. Mas é um líder e sabe superar as ondas de maldição. E superou-as.
Porém, quanto a Aguiar Branco surpreendia-me a placidez. O silêncio sobre a canalhice que tinha sido alvo e que continuava a ser, tendo o melhor epílogo nas história das listas.
Afinal, esperou pelo maior debate e perante milhões, com frieza florentina, pôs a nu o carácter do homem a quem dera a mão e o apunhalou. Não foi um debate. Passos Coelho caminhou sozinho e tranquilo para a vitória que o espera e Aguiar Branco, para quem a honradez valerá mais do que qualquer lugar, ofereceu este testemunho aos que o estimam, que respeitam, que o admiram. Seguramente um testemunho de verticalidade. E aquilo que não disse, dizendo com os disparos contra quem o enganou foi isto: Prefiro perder as eleições do que ver o meu Partido entregue a gente do seu calibre!
Um debate sobre a honra. Valeu a pena. Vai tardar para que mais um pardalito chilreante e serviçal tenha a ousadia de se candidatar à liderança de um Partido nascido de homens com a coragem de Sá Carneiro.
E agora assino:
Francisco Moita Flores
À falta de melhor, movidos pela impaciência, inventou-se Paulo Rangel. E o pobre do rapaz que já tinha jurado mil meses que jamais sairia de eurodeputado, que jamais seria candidato, ou até, numa expressão engraçada ‘candidato a candidato’, de repente, era o principal candidato!
Confesso que me surpreendeu. Aguiar Branco estava a emergir, a revelar-se um líder de bancada de grande tacto, assertivo, com uma postura que não resvalava para a gritaria, nem para o insulto, nem para a picardia, a ser o rosto humano da actual direcção do Partido. Percebe-se que é um homem bem formado, tranquilo, que retira prazer do serviço público.
Se os velhos caudilhos queriam uma renovação na continuidade, Passos Coelho teria sofrido muito mais para se colocar no lugar onde agora se encontra, claramente distanciado dos restantes concorrentes. Aguiar Branco tem essa virtude. Sabe estabelecer pontes, compromissos, é confiável.
Só mais tarde soube que a velha nobreza não estava disponível para estabelecer qualquer ponte ou possibilidade de mudança com o ar fresco que sopra do lado de Passos Coelho e que entregaram a Rangel o punhal de Brutus, apunhalando o pai pelas costas, sem misericórdia, impiedosamente. É dos mais momentos mais tenebrosos da vida pública, embora pudica pois não se fala disto sem sentir desconforto, do PSD. E Rangel, a ressuscitada ‘picareta falante’, contradisse tudo, desdisse tudo, prestou-se a este acto de pobreza indigente.
Não duvidei que Aguiar Branco iria ser candidato. Que aguentaria todas as pressões. Que recusaria todas as convergências. Em primeiro lugar porque não o vejo a candidatar-se contra Passos Coelho para ser o bonifrate das lapas laranjas, tão agarradas ao poder, que lhes cresce musgo nas costas. Em segundo lugar, porque a sua candidatura seria o rosto da lisura, da honradez contra a carnificina que Rangel representava. Mais uma vez. Como há seis meses atrás.
E fez uma campanha igual a si próprio. Respeitando os adversários, limpa, encaixando todos os golpes baixos que o atingiam. Curiosamente, todos vindos dos seus potenciais apoiantes. Também não me espantou a cortesia de Passos Coelho. É, no meu ponto de vista, excessivamente cortês para quem o tem tratado tão mal. Mas é um líder e sabe superar as ondas de maldição. E superou-as.
Porém, quanto a Aguiar Branco surpreendia-me a placidez. O silêncio sobre a canalhice que tinha sido alvo e que continuava a ser, tendo o melhor epílogo nas história das listas.
Afinal, esperou pelo maior debate e perante milhões, com frieza florentina, pôs a nu o carácter do homem a quem dera a mão e o apunhalou. Não foi um debate. Passos Coelho caminhou sozinho e tranquilo para a vitória que o espera e Aguiar Branco, para quem a honradez valerá mais do que qualquer lugar, ofereceu este testemunho aos que o estimam, que respeitam, que o admiram. Seguramente um testemunho de verticalidade. E aquilo que não disse, dizendo com os disparos contra quem o enganou foi isto: Prefiro perder as eleições do que ver o meu Partido entregue a gente do seu calibre!
Um debate sobre a honra. Valeu a pena. Vai tardar para que mais um pardalito chilreante e serviçal tenha a ousadia de se candidatar à liderança de um Partido nascido de homens com a coragem de Sá Carneiro.
E agora assino:
Francisco Moita Flores
quinta-feira, 25 de março de 2010
Passos Coelho apontado como melhor candidato para primeiro-ministro
Barómetro TSF
Passos Coelho é apontado como o candidato com maior capacidade para ser primeiro-ministro, segundo uma sondagem da Marktest para a TSF e Económico.
Num estudo da Marktest para a TSF e Económico, 35 por cento dos inquiridos aposta em Passos Coelho como o melhor candidato para substituir José Sócrates.
Paulo Rangel convence 23 por cento dos entrevistados e José Pedro Aguiar-Branco surge a grande distância, recolhendo seis por cento das preferências.
Já 16 por cento dos inquiridos afirma que nenhum dos três principais candidatos é o ideal para ocupar o palácio de São Bento, sendo que 20 por cento não sabe ou não responde.
Entre os inquiridos que dizem votar no PSD, a relação de forças entre Passos Coelho e Paulo Rangel mantém-se, mas acentua-se a bipolarização.
Passos Coelho agrada a 42 por cento dos votantes no PSD, Paulo Rangel consegue convencer 29 por cento, enquanto Aguiar Branco fica-se pelos sete por cento.
Pedro Passos Coelho é apontado por 47 por cento dos inquiridos que votam PS como o candidato que tem maior capacidade para ser primeiro-ministro. Já Paulo Rangel apenas convence 15 por cento dos votantes Partido Socialista.
Passos Coelho é o preferido entre os homens, nomeadamente 38 por cento, contra 32 entre as mulheres.
Paulo Rangel também recolhe mais preferências entre os homens, mas com uma diferença menor, 24 contra 22 por cento.
Ficha Técnica:
A sondagem da Marktest para a TSF e Económico foi realizada entre 16 e 21 de Fevereiro, com o objectivo foi conhecer as intenções de voto nas legislativas e a avaliação do desempenho dos líderes políticos.
O universo é a população de Portugal Continental com mais de 18 anos e telefone fixo e a amostra é de 804 inquiridos.
Foram feitas 159 entrevistas na Grande Lisboa, 91 no Grande Porto, 130 no Litoral Centro, 154 no Litoral Norte, 179 no Interior Norte e 91 no Sul.
O intervalo de confiança desta sondagem é de 95 por cento e a margem de erro de 3,46 por cento.
Paulo Tavares
Passos Coelho é apontado como o candidato com maior capacidade para ser primeiro-ministro, segundo uma sondagem da Marktest para a TSF e Económico.
Num estudo da Marktest para a TSF e Económico, 35 por cento dos inquiridos aposta em Passos Coelho como o melhor candidato para substituir José Sócrates.
Paulo Rangel convence 23 por cento dos entrevistados e José Pedro Aguiar-Branco surge a grande distância, recolhendo seis por cento das preferências.
Já 16 por cento dos inquiridos afirma que nenhum dos três principais candidatos é o ideal para ocupar o palácio de São Bento, sendo que 20 por cento não sabe ou não responde.
Entre os inquiridos que dizem votar no PSD, a relação de forças entre Passos Coelho e Paulo Rangel mantém-se, mas acentua-se a bipolarização.
Passos Coelho agrada a 42 por cento dos votantes no PSD, Paulo Rangel consegue convencer 29 por cento, enquanto Aguiar Branco fica-se pelos sete por cento.
Pedro Passos Coelho é apontado por 47 por cento dos inquiridos que votam PS como o candidato que tem maior capacidade para ser primeiro-ministro. Já Paulo Rangel apenas convence 15 por cento dos votantes Partido Socialista.
Passos Coelho é o preferido entre os homens, nomeadamente 38 por cento, contra 32 entre as mulheres.
Paulo Rangel também recolhe mais preferências entre os homens, mas com uma diferença menor, 24 contra 22 por cento.
Ficha Técnica:
A sondagem da Marktest para a TSF e Económico foi realizada entre 16 e 21 de Fevereiro, com o objectivo foi conhecer as intenções de voto nas legislativas e a avaliação do desempenho dos líderes políticos.
O universo é a população de Portugal Continental com mais de 18 anos e telefone fixo e a amostra é de 804 inquiridos.
Foram feitas 159 entrevistas na Grande Lisboa, 91 no Grande Porto, 130 no Litoral Centro, 154 no Litoral Norte, 179 no Interior Norte e 91 no Sul.
O intervalo de confiança desta sondagem é de 95 por cento e a margem de erro de 3,46 por cento.
Paulo Tavares
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